Você sabe o que é RESILIÊNCIA???

Resiliência é um conceito que vem da física e significa a capacidade de um objeto de recuperar-se, de voltar a se adaptar depois de ter sido refreado, desenvolvido ou duplicado voltando ao seu estado original. Resiliência acontece não só em situações sérias e traumáticas, mas ao longo do ciclo normal da vida. 

Em famílias desestruturadas, em que o afeto já não é de uso comum, as crianças tornam-se arredias e carentes, com a autoestima muito baixa. Chegar até elas pode demorar um pouco, mas quando sentem o calor de um sorriso, de um afago, baixam sua guarda e deixam-se levar com muita facilidade. (Costa, 2000). 

O vínculo afetivo em cada situação é muito importante, tanto em contatos familiares como em relacionamentos sociais. A necessidade premente de sermos amados e aceitos, e que nos façam únicos e imprescindíveis nos relacionamentos emocionais e sociais, assim como termos satisfeitas as nossas necessidades básicas de sobrevivência é primordial para que nos sintamos seguros, dando oportunidades de se criar mecanismos de independência e iniciativa para saídas e soluções de problemas. 

Ao transportarmos o raciocínio para o dia-a-dia, poderemos observar que quando mais resiliente for o indivíduo, menos doenças e maior desenvolvimento pessoal, profissional e emocional serão alcançados. Acontece durante o transcorrer normal da vida: infância; adolescência; juventude; início do casamento; paternidade; meia idade, "síndrome do ninho vazio", a chegada da aposentadoria , a consciência da finitude, e a subseqüente forma de se viver, com as perdas inerentes e muitas vezes necessárias. Existe uma quebra, uma desordem, uma reintegração para uma nova estrutura de vida. Para que isso aconteça temos que ser flexíveis para fazermos estes acessos em novos patamares. Desenvolvendo a flexibilidade encarando os mesmos fatos sob diferentes perspectivas, enfatizamos a qualidade da vida de pessoas e a maneira de agir perante os problemas. A nossa competência em gerir e resolver situações problemas e administrar de maneira eficiente e flexível contribui para a melhoria da auto estima, dando-nos confiança e contribuindo na crença das pessoas que nos rodeiam em valorizar a nossa iniciativa na busca de resoluções para as situações que nos afligem e muitas vezes nos abalam de maneira irremediável. 

Em cada ser humano existe o cometimento da vida e da morte. Diante deste fato é possível renascer, isto é, capacitar para se recuperar e sair em busca de um objetivo diferente, acreditando na contribuição que poderá dar para deixar a si próprio e aos demais que estão a nossa volta mais felizes. A esperança dos educadores é formar gerações capazes de lidar com situações problemas e conflitos de modos não violentos. Sabemos que ninguém nasce violento, embora o impulso agressivo faça parte da natureza humana. A violência pode ser desaprendida: é possível aprender maneiras não violentas de lidar com os sentimentos e a resolver conflitos por meios pacíficos.Não podemos esquecer que a violência é um comportamento aprendido nos processos sociais entre pessoas, instituições e sociedades. A carência do amor e da afeição cria condições propícias para o nascimento da revolta e conseqüentemente da violência. A cooperação, gentileza, consideração, generosidade, solidariedade devem ser desenvolvidas a partir das pequenas situações do cotidiano e nos relacionamentos pois, possibilitam a paz e o bom convívio, resgatam a auto-estima e ajudam a superar as crises, tornando-nos resilientes. A família e a escola são capazes de estimular o desenvolvimento dessas características nos jovens, ajudando-os a construir e a reconstruir, renascendo para uma nova vida, em busca de sentido e objetivos adequados. As pessoas resilientes conseguem ultrapassar caminhos excessivamente traumatizantes, como perdas de familiares, doenças graves, separações, conflitos, sem desmoronar, com postura equilibrada e flexível. Para exemplificar, deixo aqui pensamentos de dois autores: 

O sucesso na vida não depende de receber boas cartas,mas de jogar bem com cartas ruins. (Warren G. Lester). 

"Em época de crise, uns choram e outros vendem lenços". (Maria Tereza Maldonado). 

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